"UMA ELITE DE CARÁCTER"

Sabem os meus leitores que não tenho por hábito trazer a esta casa assuntos pessoais sobre terceiros. Porém, quando essas figuras se tornam públicas e dessa condição fazem gala, sinto-me também eu, na capacidade decomentar as suas declarações. Vem esta questão a respeito de uma recente entrevista do grão-mestre da maçonaria regular de Portugal, Martin Guiaque conheço desde miúdo. O Martin (na altura não se usava ainda essa praga dos "tios") era amigo do meu pai, mais tarde foram camaradas na recruta na Póvoa do Varzim e entre eles existia uma sólida e franca amizade. O Martin tinha um filho da minha idade, o Pedro (que se suicidou) de quem fui amigo. As nossas famílias conheciam-se bem. O Martin de famílias desafogadas da linha tinha uma vida confortável e uma boa casa onde por vezes nos encontrávamos. No pós 25A foi acometido por uma fúria revolucionária e gravitou, sem, claro está abdicar das suas propriedades e prerrogativas, muito próximo do PCP. Pouco depois o Pedro suicidava-se, deixando uma estranha e culpabilizadora - para o pai - carta e o meu pai jamais falou ao Martin.

"Encontro-o" nesta nova andança de "escola de carácter", está bem está... Este conheço-o eu bem e bem personifica a designação que aqui lhes reservo de "cáfila pestilenta de pedreiros livres"...