05 dezembro 2007

NOTAS SUPLEMENTARES A UM LEITOR

Um céptico leitor, não que o cepticismo tenha algum mal como postura reflexiva, manifestou a sua descrença sobre o assunto das violações aqui abordado ontem, não crendo na sua prática pelos americanos - eventualmente crente na candura da sua actuação e superioridade dos seus argumentos - e negando até a facies "arábica" da pobre mulher aviltada e violentada por aqueles energúmenos. Sobre a notícia, que até já é antiga, pode ver referência, por exemplo, aqui. As razões da sua "ocultação" são bem evidentes, desde logo porque, infelizmente, a violação de mulheres não é na guerra notícia "particularmente importante" (já algures o referi demoradamente, não sei onde...), antes um dado adquirido desde a antiguidade, um "despojo" dela decorrente... Neste estúpido preconceito muita culpa possuem os homens, em primeiro lugar, mas também muitas mulheres justificadoras (quando não incentivadoras) de excessos de "virilidade".
Sobre a questão de a mulher não parecer sequer árabe penso que resultará de preconceito, este aliado a manifesto desconhecimento, ou cegueira, e o conjunto destes a algo que não digo, publicamente, mas que facilmente se infere. Todavia, excepto em casos extremos da política, nesta casa não se pratica a ofensa, como princípio estabelecido
Entre estas árabes, jordanas, palestinianas, kuweitianas, libanesas, argelinas, tunisinas e sírias, alguma seria aceite por aquele incrédulo jovem como "arábica"? Ou permaneceriam no crivo como parte de uma tenebrosa montagem de intuíto porno-político?

Será que a própria "Miss Iraque 2007" terá um fácies suficientemente arábico para passar naquele crivo, ou estarei eu próprio a urdir uma terrível trama, ou montagem, para enganar o jovem leitor? Ou será apenas que todas as "árabes", no entender do leitor, deverão ser medonhas, feder (de preferência a camelo presumo eu para a "fotografia" ser mais adequada), mostrarem-se andrajosas e possuir pilosidade (na face entenda-se), mais do que recomendável? E sobretudo incapazes de despertarem os instintos mais animais e incontidos (embora certamente "justificáveis"...) aos labregos vindos lá do Iowa ou do Tennesse e habituados às suas loiras matronas deformadas pela "junk food"?


Realmente, na maior parte das vezes o preconceito conduz à cegueira e esta à...

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4 Comments:

Blogger Vítor Ramalho said...

Só não me sai o euromilhões, estava a ler o poste a imaginar que seria o autor do comentário.
Esta malta acredita em tudo o que vem do imperialismo sionista norte-americano,
Até acredita, que eles é que nos salvaram da URSS. Eu acredito é que a URSS é que nos salvava deles.

quinta-feira, 06 dezembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

eu respondo-te no meu blogue, seja como for nota-se bastante desonestidade no teu postal..

Esta malta acredita em tudo o que vem do imperialismo sionista norte-americano,

Dá-me lá um exemplo daquilo que vem desse tal imperialismo

quinta-feira, 06 dezembro, 2007  
Blogger Vítor Ramalho said...

"Dá-me lá um exemplo daquilo que vem desse tal imperialismo"

Pior que um cego é aquele que não quer ver

quinta-feira, 06 dezembro, 2007  
Blogger Flávio Gonçalves said...

Ah, as mulheres de Teerão... vi muitas arianas por lá, e que arianas...

quinta-feira, 06 dezembro, 2007  

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