04 junho 2013

PECHINCHA DA FEIRA DO LIVRO

A Feira do Livro, mesmo nestes tempos de profunda crise (que se nota, também, na muita gente que por lá passeia sem nada comprar, deixando, porém, os olhos suplicantes no que gostariam de adquirir...), consegue ainda reservar-nos agradáveis surpresas. Sobretudo nos pavilhões dos alfarrabistas (aqueles que não praticam preços extorsionários... que ainda os há...) onde uma paciente (mas sempre agradável) dose de arqueologia livreira nos pode revelar interessantes achados.
Descobri no Arquimedes, do meu velho amigo Júlio Roque Carreira, um livro de Eduardo dos Santos de nome Maza, que como sabem significa "é água", e que era o urro de investida dos terroristas que, incitados pelos feiticieros os haviam convencido que as balas eram água e que nada lhes provocariam.
Mais do que o relato da selvajaria dos "libertadores" do Norte de  Angola, de Março de 1961 (abundante e eloquentemente vertidas noutras obras cuja consulta não deve omitir-se, para que "a história não esqueça", como é moda dizer-se), esta obra analisa numa exaustiva perspectiva etno-histórica as raízes do terrorismo, bem como o seu enquadramento internacional.
Uma obra deveras importante que, por falha minha, desconhecia.

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