14 fevereiro 2007

AINDA O ARISTIDES...

O ex-fascista, refugiado político em Espanha (no pós 25A) e agora travestido de judeu de kipa na cabeça, que tomou a si o encargo de apresentar o famoso consul em Vigo, Antuérpia e finalmente Bordéus (candidato ao lugar de maior português de sempre) onde se notabilizaria pelo surto de vistos emitidos, ignorando as expressas ordens do governo para o qual trabalhava e do qual era funcionário, descobriu agora que no meio dos muitos milhares de vistos concedidos, aquele "diplomata" até terá prescindido mesmo de cobrar os devidos emolumentos (os oficiais claro está, que os demais não o sabemos...), a loucura era tal que mesmo depois dos seus visto serem considerados inválidos pelo nosso governo os continuava a emitir... posto que para nada serviam. Porque seria? Por razões de consciência e humanidade, na certa...
"Um homem perturbado e fora do seu estado natural" como no seu processo na altura o disse Teutónio Pereira.

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4 Comments:

Blogger Pedro Botelho said...

O mais interessante de tudo é a sequência dos acontecimentos: a salvação dos judeus pelo Aristides em 1940, dois anos antes até da estrela amarela ser introduzida na própria Alemanha e quatro antes das deportações dos judeus estrangeiros residentes em França (que nunca atingiram sequer, diga-se de passagem, os judeus de nacionalidade francesa).

Com tais talentos premonitórios bem podia o Aristides ter ganho uns bons dinheiritos na lotaria ou nas corridas de cavalos...

quinta-feira, 15 fevereiro, 2007  
Blogger Flávio Santos said...

«(...)que nunca atingiram sequer, diga-se de passagem, os judeus de nacionalidade francesa». Sendo o mérito sobretudo de Pierre Laval. Sem um governo de Colaboração a França teria ficado em bem pior estado. E a repressão alemã intensificou-se à medida que as acções da Resistência aumentavam. Em consequência nasce a Milice e radicalizaram-se ao extremo as posições.

quinta-feira, 15 fevereiro, 2007  
Blogger Victor Abreu said...

Ó Pedro "salvação" entre aspas, claro...

quinta-feira, 15 fevereiro, 2007  
Blogger Pedro Botelho said...

Bem, alguma medida de «salvação» efectiva (e a prazo) houve, porque muitos dos judeus que vieram para Portugal via consulado de Bordéus, eram emigrados prévios em França oriundos da Europa Central, ou seja justamente o grupo que seria deportado para os campos em 1944. Mas isso não anula o resto, nem o estado cronicamente deficiente das finanças do Aristides, em Bordéus como depois na tal sopa de caridade dos judeus de Lisboa, como dizia o Júdice. Assim se pagam as grandes dívidas: nada como uma belíssima árvore no jardim das excepções...

quinta-feira, 15 fevereiro, 2007  

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