11 maio 2007

O GRAVATINHAS...

Durante a visita do papa ao Brasil, ontem reuniram-se, no Mosteiro de São Bento, os líderes das diversas confissões religiosas naquele que, como vai sendo hábito da religião católica, constituiu um grande encontro ecuménico.
Além do chefe da igreja católica e de um representante da comunidade islâmica e judaica brasileiras estiveram presentes naquela reunião membros das Igreja Anglicana, da Igreja Ortodoxa Grega, da Igreja Católica Ortodoxa Síria, da Igreja Presbiteriana Unida, da Igreja Luterana, da Igreja Cristã Reformada, da Igreja Arménia Apostólica e da Igreja Ortodoxa Antioquina.
A comunidade islâmica brasileira criticou, porém, a escolha do muçulmano chamado para o encontro inter-religioso com o papa Bento XVI, acusando mesmo a Igreja Católica naquele país de dificultar o diálogo com esse convite (quem te manda lobo vestir a pele de cordeiro... seria caso para dizer). Segundo aqueles, o sorridente Armando Hussein Saleh, que participou no encontro com o papa, não é xeique e não representa a comunidade, tendo sido apenas indicado por ter boa relação com o rabi Henry Sobel, também conhecido pelo "o gravatinhas", mas que, sem estranheza minha, lá vai controlando a coisa...
A coisa não parece ter corrido bem pois, ao sair do encontro "o gravatinhas" afirmou ser o papa «amigo do povo judeu» e que saia «leve e alegre. Afinal de contas, não é todos os dias que um rabi recebe uma benção do Papa». Pediu ao papa uma benção e foi abençoado. «Pedi também a permissão ao Papa para abençoá-lo» autorização que lhe foi dada...
Numa advinha insidiosamente ecuménica, poderíamos sintetizar a coisa do seguinte modo: Quem ficou a perder? O papa ou o ladrão?

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