21 junho 2007

REVISITANDO A ANTROPOLOGIA 1

Vivemos num mundo em que o interesse pelo reino animal, a que pertencemos, se vem constituindo como valor supremo – e bem. Não raras vezes a simples defesa de certas comunidades animais, postas em risco pelos avanços do progresso, são, frequentemente, motivo suficiente para impedir grande obras. A defesa das mais ínfimas espécies transformou-se, após décadas de delapidação, num valor do século XXI. E penso que a maioria dos animais Homem partilham esse esforço de defesa.
Desdobram-se governos, grupos de cidadãos, instituições, ONG’s, instituições internacionais e outras na defesa da preservação das espécies, muitas delas (senão a maioria) postas em risco pelo maior predador de todos – o animal Homem -, que talvez por essa razão, assume as devidas “culpas no cartório” expiando as suas falhas passadas, numa tentativa desesperada ultra-proteccionista. E sem dúvida que todas elas, as espécies e sub-espécies, são importantes e devem ser, naturalmente, preservadas. É esse o encanto, maravilha e mistério da diversidade do reino animal. Não cabendo a um deles – o Homem – o juízo sobre quais são ou não dispensáveis, sobre quais, úteis ou inúteis para a sua dieta, devem ser mais ou menos abundantes. É pois salutar o princípio e hábito de preservação da diversidade das espécies animais. Não apenas salutar é um dever que não deve ser comprometido e que deverá ser tarefa para o futuro.




Da defesa de animais mais ou menos selvagens, como, por exemplo, as tartarugas ou quaisquer outros animais marinhos os terrestres, à defesa das "raças" ou subespécies de animais domésticos como gatos ou cães,todos se envolvem num salutar esforço de preservação da diversidade.



E, em caso algum, a defesa de uma subespécie possui como objectivo primeiro, ou maior, a supressão das demais. Apenas a existência de ambas na salutar preservação das características identificativas que as tornam próprias, admiradas e dignas de apreço. Assim é com todos os animais. A existência de um clube de cultores dos Boxers visa apenas a manutenção, selecção e eventual apuramento dessa “raça”, nas características que lhe são identificativas e não a supressão ou sequer menorização dos Pastores alemães ou Mastins napolitanos. É algo, parece-me, evidente, pacífico e aceite.

(continua)

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