01 agosto 2007

AINDA O LIVRO SOBRE TORQUEMADA

Acabei por não arrumar o livro na estante, conforme aqui tinha escrito, e na viagem na TransTejo do final do dia resolvi acabá-lo. Fiquei satisfeito por esta minha opção. Na realidade a páginas 129 o ilustre autor, Manuel Barrios, de tanto pretender condenar Torquemada aventa, sem manifestamente ser esse o fio condutor do seu filo-semitismo, a hipótese da sua acção se dever ao facto de "como judeu (era de facto de ascendência judaíca), quer exterminar todos os que abandonaram a lei de Moisés?" (p. 131). Ou seja a malignidade, bastamente grafada nas páginas do livro, adviria do facto de ser judeu, dando profusos exemplos do Pentateuco e afirmando que Torquemada "troca o seu fervor para com Jesus Cristo pelo Jeová das suas origens" (p. 129) e fazendo desfilar exemplos da malignidade do deus dos judeus:
"Brotou fogo de Jeová, que devorou os 250 homens que tinham oferecido o incenso" (Números, VI, 35); "Enviou então Jeová contra o povo serpentes abrasadoras que mordiam o povo; e morreu muita gente" (Números, XXI, 6); "Reúne todos os chefes da povoação e empala-os em honra de Jeová de cara para o sol" (Números, XXV, 4-5); "Agora vai e castiga Amalec, consagrando-o ao anátema com tudo o que possui; não tenhas compaixão dele, mata homens e mulheres, crianças e bebés de colo, bois e ovelhas, camelos e burros" (Samuel, XV, 3) (p. 130).
Parece, assim, não o querendo o autor que Torquemada mais não fez que seguir os "bons" exemplos do Torah (=Pentateuco), seguidos pelos eleitos.
Eis um contributo interessante do senhor Barrios...

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