08 agosto 2007

A VIOLAÇÃO NA GUERRA

A violação na guerra, ou fora dela é sempre um acto desprezível, abjecto e que, do meu ponto de vista, deveria sempre ser punido com a pena capital. Que hei-de fazer, estou velho para mudar e, sinceramente há coisas em que é mesmo melhor consolidar do que mudar. É um acto abjecto, desde logo porque destitui a mulher do seu verdadeiro papel conduzindo-a a um mero objecto, um troféu ou uma outra qualquer conquista (este padrão é, aliás, lamentavelmente repetido na diferente valorização sócio-sexual que se atribui na educação de rapazes e raparigas e, tal, perpetua o padrão manifestamente potenciador de diferenças sexuais que, em casos extremos, podem conduzir à violação). Alinhavo estas notas a respeito de correspondência sobre as violações na guerra trocadas nos comentários deste blog e noutros fora dele. Assim, entendi que não deveriam restar quaisquer dúvidas sobre o meu posicionamento sobre o assunto. Não vejo é só, infelizmente, as violações japonesas na 2ª Guerra Mundial, havendo outras bem mais perto, cronologicamente falando, de nós. Além do mais importa dizer que, sem entrar em considerações valorativas o Japão Imperial não subscrevera a Convenção de Genebra (vulgarmente considerado um código de traidores face ao "Bushido") - onde o crime de violação é expressamente punido-, contrariamente a tantas nações "civilizadas" que da violação fizeram prática de guerra frequente, infelizmente...
Infelizmente também que, numa cultura predominantemente masculina, desde a mais remota antiguidade a violação era considerada como recompensa dos vencedores, uma mera rotina de guerra como descrito no Pentateuco.
Vai sendo tempo de mudar as mentalidades...

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8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Os japoneses no post que pus no meu blogue violaram cerca de 20.000 mil mulheres (coisa pouco), os americanos se o fizeram certamente que houve punições, no iraque isso passa-se por exmplo, mas um país democrático tende a punir estes actos.Essa é uma das diferenças entre democracia e ditadura,o mesmo argumento acontece em abu ghraib - a lei existe, o Humberto não consegue é perceber isso.

A mesma coisa se passava quando os japoneses competiam entre si em campos de concentração para ver quem matava mais pessoas, o que não é nem pode ser equivalente quando se retalia contra grupos de criminosos como acontecia em Dachau.

Alias se pensassemos assim, o facto de você condenar alguém à morte por violação , tornaria o acto mais grave que a violação, o mesmo argumento usado pelos bloquistas. A diferença existe entre punição e crime, e neste caso também sou a favor que se execute uma pessoa aquando uma violação sem dó nem piedade.

Alias faço uma questão para ver se você responde, qual a diferença/semalhança entre os terroristas no teatro de moscovo e a policia russa ? É que os terroristas mataram inocentes, mas os policias ao invadirem o teatro também executaram pessoas inocentes, principalmente com o efeito do gás lançado, e agora diga-me que tanto uns como os outros são iguais, que é para me rir.

Bombardear hiroshima com armas nucleares , é de longe preferivel a uma guerra convencional, sabendo que morreriam tantos americanos e japoneses , e não pode nem de perto ser comparado com os massacres Japoneses, com execuções de pessoas em aldeias e vilas inteiras

quarta-feira, 08 agosto, 2007  
Blogger Waco said...

«After more than half a century, facts about a grim chapter of World War II history are coming to light: the widespread rape by American military servicemen of local women on the Pacific island of Okinawa. The discovery in 1998 of the bones of three wartime US Marine Corps men, each one 19 years old and black, has -- according to a New York Times report (June 1, 2000) -- "refocused attention on what historians say is one of the most widely ignored crimes of the war, the widespread rape of Okinawan women by American servicemen. As many as 10,000 Okinawan women may have been raped, one scholar estimates."» - A Dark Secret of World War II Comes to Light, Mark Weber

Já agora, o Humberto sabe concerteza: oficialmente quantas mulheres alemãs foram violadas pelos aliados?

quinta-feira, 09 agosto, 2007  
Blogger Waco said...

In 'Eisenhower's Death Camps': Part I -- A U.S. Prison Guard's Story
(...)
Hunger made German women more "available," but despite this, rape was prevalent and often accompanied by additional violence. In particular I remember an eighteen-year old woman who had the side of her faced smashed with a rifle butt and was then raped by two G.I.s. Even the French complained that the rapes, looting and drunken destructiveness on the part of our troops was excessive. In Le Havre, we'd been given booklets warning us that the German soldiers had maintained a high standard of behavior with French civilians who were peaceful, and that we should do the same. In this we failed miserably.

"So what?" some would say. "The enemy's atrocities were worse than ours." It is true that I experienced only the end of the war, when we were already the victors.

quinta-feira, 09 agosto, 2007  
Blogger Waco said...

Toma lá mais um:

http://www.exterminationist.com/alliedwarcrimes.htm

quinta-feira, 09 agosto, 2007  
Anonymous Anónimo said...

quantas pessoas foram violadas ? é isso que eu gostava de saber. E houve ou não justiça para com eles ? seja como for a comparação com os massacres do exército japonês não me parece plausível

quinta-feira, 09 agosto, 2007  
Blogger Humberto Nuno de Oliveira said...

Caro fpm,
Agradeço os seus comentários. Por motivo da ligação ao mudo das artes marciais japonesas estive já em Okinawa. É verdade o que diz. No período da invasão e anos subsquentes estima-se, em mais de 15.000 as mulheres de Okinawa violadas pelos valorosos GI's (cujos vestígios "étnicos são, aliás, bem visíveis na ilha) Como sabe ainda há poucos anos se levantou a mesma questão da violação de raparigas de Okinwa por militares americanos da base de Kadena que são, pelos habitantes, considerados como verdadeiros invasores... Mas isso são coisasque só a nós preocupam.
Na Alemanha pós guerra ascende ao número, nunca inferior a 2 milhões, o número de mulheres alemãs violadas, coisa pouca, como vê...
Um abraço e obrigado pelos comentários

quinta-feira, 09 agosto, 2007  
Blogger Waco said...

Tal como se diz a propósito do Holocusto, quando algum revisionista tenta estudar a matéria (mas é proibido pela "liberdade"), "o número não importa, nem que tivesse sido morto apenas um judeu, era gravíssimo".
Mas é como disse alguém, "a diferença entre terem sido 6 milhões ou 5 milhões é 1 milhão".
O que é estranho é não se poder estudar e discutir isso livremente para então se chegar a uma conclusão científica, que nada tem a ver com os números da propaganda, e que se calhar anda mais perto dos 100.000 anunciados pela Cruz Vermelha, e por fome e doenças, tal como aconteceu aos soldados alemães por exemplo.
Qual é a diferença, neste caso, entre um número e o outro? São 5 milhões.
No caso das violações, qual é a diferença entre 10.000 e 20.000? Precisamente 10.000 mil.
Agora que foi um crime da "democracia" lá isso foi. Não foi um "erro de oficiais", foi um crime declarado, propositado, e premeditado.
Quanto ao Holocausto, apesar de ser um dos temas mais importantes da História actual, ninguém o consegue PROVAR, só afirmar, filosofar, propagandear.

quinta-feira, 09 agosto, 2007  
Blogger Pedro Botelho said...

FPM: «a diferença entre terem sido 6 milhões ou 5 milhões é 1 milhão».

É mais «a diferença entre terem sido 6 milhões ou 1 milhão é 5 milhões».

Essa é que é essa, FPM. E é por isso que a mentira do «Holocausto» vai ser defendida com unhas e dentes até ao final dos tempos...

sexta-feira, 10 agosto, 2007  

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