TINHAM DÚVIDAS QUE QUEM MANDA É O CHERNE?

No "Diário de Notícias" de hoje:

A alternativa [ao não reconhecimento] seria afrontar a unidade europeia.

Luís Amado vai ao Parlamento na véspera da votação, na Assembleia Geral da ONU, da proposta sérvia que pretende levar a independência unilateral do Kosovo ao Tribunal Internacional de Justiça, para que este a declare ilegal. Por parte da maioria dos países europeus, entre os quais Portugal, Belgrado poderá ver apenas surgir a abstenção, disse ao DN fonte ligada à ONU. Mesmo assim, a Sérvia acredita que vai conseguir maioria simples, uma vez que apenas 47 dos 192 Estados reconheceram ainda o Kosovo, desde que este se declarou independente no dia 17 de Fevereiro. Na União Europeia, 21 já o fizeram, faltando apenas Portugal, Espanha, Roménia, Eslováquia, Grécia e Chipre. Nesta lista os portugueses são os únicos que não têm problemas étnicos ou territoriais [como??? A ignorância prolifera entre nós...] como argumento. Inicialmente previsto para entrar na segunda leva de países europeus a reconhecer a independência, o Governo preferiu esperar, tendo o Presidente sublinhado a necessidade de respeitar o direito internacional e a atenção à criação de um precedente. Quando regressou de Nova Iorque, já em Belgrado, o presidente sérvio disse pela primeira vez que aceitaria a divisão do Kosovo como última hipótese, caso todas as outras falhassem. Isso significaria que a parte do território kosovar a Norte do rio Ibar ficaria ligada à Sérvia. Esta é uma hipótese que UE e EUA estariam dispostos a aceitar, disseram fontes diplomáticas ocidentais ao jornal Blic, adiantando que é preciso, primeiro, haver consenso entre os europeus.

Belgrado tem vindo progressivamente a suavizar a sua posição, fazendo regressar os embaixadores que tinha chamado para consultas, nos Estados da UE que reconheceram o Kosovo. O mesmo deve suceder no caso de Portugal.