27 março 2009

NOTAS SOBRE UM PAR(A)LAMENTO...

Havia um par(a)lamento, dito europeu, que se dizia representava os europeus, os seus desejos e liberdades, nesse para(a)lamento haviam instituído uma regra protocolar segundo a qual se atribuía aos decano dos deputados da nova legislatura (ou será época, ou estação... como na moda...) a presidência e abertura dos trabalhos. Tudo correu muito bem, e muitos respeitabilíssimos decanos se foram sucedendo até que um dia o decano era um empedrenido e feroz fascista gaulês (como seria aliás possível que, na cultíssima, moderníssima e evoluidíssima Europa, se pudesse ter eleito para o par(a)lamento europeu semelhantes gentes e não apenas modernos e jeitosos democratas mundialistas e igualitários... uma qualquer imperfeição o determinava, estavam certos...).

Não se podia permitir tal afronta. Para ali estar teria decerto iludido, com artes negras seguramente, os eleitores que haviam equivocadamente colocado no par(a)lamento tão façanhuda criatura, não moderna nem mundialista. Como poderiam os cultíssimos gauleses ter eleito tal criatura?

Mas enfim, democraticamente altera-se a regra de sempre para impedir tão nefando acontecimento e impede-se o fascita Le Pen de presidir ao dito par(a)lamento.

Tão boa que é a democracia...

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2 Comments:

Blogger Nuno Castelo-Branco said...

Mas olha que esse gajo não tem dos portugueses um grande conceito!

sábado, 28 março, 2009  
Blogger Ludovico Cardo said...

Hoje escrevi sobre o facto da democracia actual ser um dogma...

domingo, 29 março, 2009  

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