UMA IMAGEM E ALGUMAS REFLEXÕES...
Depois do tremor de terra nocturno, e daquele político que se prevê para durante o dia, começo por vos pedir desculpa pela linguagem (visual e escrita) deste postal que, como sabem, por norma aqui se não utiliza. Porém, hoje, dia do triunfo ministerial da paneleirice apeteceu-me abertamente provocar. Neste país literalmente de pantanas o vosso (des)governo nada de melhor encontra para tratar do que do "casamento" homossexual. Uma prioridade, sem dúvida. Que se lixe a miséria, a criminalidade, o desemprego, a insegurança, a corrupção, os maus transportes, as péssimas escolas, o insuficiente tratamento hospitalar, etc, etc, etc. A grande bandeira é pois o "casamento" homossexual, metida a martelo e, estou certo, contrário à opinião da maioria dos portugueses (mas lembrem-se disso quando votam em certos cretinos...), sem que uma vez mais sejam consultados. A grande traição, aliás, foi aquela pequenina e subtil alteração à constituição (também ela quase "secreta" e acordada entre PS e PSD em 2004) que passou a impedir que se seja discriminado por razão da "orientação sexual" (art. 13, 2). Foi como então aqui disse a abertura da caixa de Pandora. A partir de então, como se vê, o "céu é o limite" e, como adiante veremos ainda a procissão vai a sair do adro...
Falando destes temas lembro-me sempre do meu pai, falecido em 1996, e que tantas vezes dizia a propósito do tema: "antigamente era proibido, hoje é tolerado no futuro será obrigatório, felizmente já cá não estarei". Ele, felizmente ou infelizmente, já está livre do problema mas nós não, ou talvez o caminho seja mesmo por aí, torna-se a coisa obrigatória e a humanidade acaba (que destes "casamentos" não resulta um dos objectivos maiores: a procriação) dentro de uns anos, o que talvez não fosse mau de todo tal o caminho que a coisa leva...
2 Comments:
Boa tarde.
Pessoalmente, concordo consigo que o governo está a perder tempo com coisas secundárias. E não sei bem qual é a utilidade e o propósito de um casamento entre homossexuais. Eu próprio sou heterossexual e não sinto a necessidade nem encontro utilidade em me casar com a minha companheira. Daí a minha concordância consigo.
O casamento, parece-me portanto, irrelevante para a procriação e para uma família saudável.
No entanto, parece-me que a homossexualidade é uma realidade que deve ser aceite. Pelo que sei, não se escolhe ser homossexual. Aparenta ser um condicionalismo biológico. Certo que há duvidas, mas não podemos julgar e condicionar a vida dos homossexuais e de qualquer outra minoria por causa de valores judaico-cristãos que eventualmente possamos ter. O principio da secularidade do estado parece-me essencial.
E parece-me que é importante haver mecanismos legais que impeçam que a maioria imponha a sua vontade à minoria no sentido de diminuir os seus direitos e provocar desigualdades. Nesse sentido sou contra o referendo proposto pela igreja católica.
Aproveito para lhe dizer que gosto muito de o ouvir falar e gosto muito de ler o que escreve. Acho fascinante a sua frontalidade, sem medo de ser politicamente incorrecto.
Cumprimentos.
Tocou num ponto fundamental: a diferença entre homossexualidade e homossexualismo. Condicionalismo biol´gico admito que seja tratado e se impossível aceite, culto da maricagem e tornar o anormal em normal, jamais.
Obrigado pelas suas palavras e vá aparecendo que aqui as palavras só possuem um dono: Eu!
Um abraço
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