A OLIVENÇA, A PERDIDA
Fiel ao sangue, nossa irmã germana,
chora Olivença as suas horas más
junto do rio que tornou atrás,
quando sopra a trompa castelhana.
Ó casa de Antre Tejo e Guadiana,
lembra-te dela que entre ferros jaz!
Não a dobrou a guerra nem a paz,
- fiel ao sangue, o sangue a ti a irmana!
E todo aquele em que anda viva
o ardor da Raça e a voz que nele anseia,
se for p'ra alem da raia alguma vez,
é Olivença, nossa irmã cativa
lá onde com surpresa a gente alheia
oiça dizer adeus em português!
chora Olivença as suas horas más
junto do rio que tornou atrás,
quando sopra a trompa castelhana.
Ó casa de Antre Tejo e Guadiana,
lembra-te dela que entre ferros jaz!
Não a dobrou a guerra nem a paz,
- fiel ao sangue, o sangue a ti a irmana!
E todo aquele em que anda viva
o ardor da Raça e a voz que nele anseia,
se for p'ra alem da raia alguma vez,
é Olivença, nossa irmã cativa
lá onde com surpresa a gente alheia
oiça dizer adeus em português!
António Sardinha
Etiquetas: António Sardinha, Olivença, Poemas
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