PARA RIR?
Excerto de uma entrevista a Graça Machel.
O assassinato de Eugène Terre'Blanche foi uma tragédia ou uma inevitabilidade provocada pelas ideias extremistas que defendia?
Até nem foi pelas ideias. Foi pelo tipo de relacionamento pessoal que tinha com os trabalhadores dele. O assassinato de Terre'Blanche não é um assassinato político. De maneira nenhuma. Não há uma relação directa. Ele tinha já divergências com os trabalhadores dele, não lhes pagava. E estes jovens, num momento de desespero, decidiram fazer justiça pelas próprias mãos. E aconteceu aquela tragédia. O próprio movimento dele, o AWB, na primeira declaração que fez antes de ter os detalhes considerou que tinha sido um assassinato político. Por isso juraram vingança. Mas depois, quando foram confrontados com os factos, retraíram-se. E disseram que tinham de analisar isto no contexto da violência contra os fazendeiros.
A morte de Terre'Blanche não foi caso isolado? Há violência contra fazendeiros brancos na África do Sul?
Tem havido, isso é verdade, assassinatos contra fazendeiros. Precisamente pelo mesmo tipo de atitude que o Terre'Blanche tinha. O sector dos fazendeiros de uma maneira geral não está transformado, não se integrou muito bem na nova ordem política. Eles continuam a tratar os trabalhadores como nos tempos antigos. E são comunidades isoladas, até pelo próprio contexto em que trabalham. Acabam muitas vezes em tragédias desta natureza.
Até nem foi pelas ideias. Foi pelo tipo de relacionamento pessoal que tinha com os trabalhadores dele. O assassinato de Terre'Blanche não é um assassinato político. De maneira nenhuma. Não há uma relação directa. Ele tinha já divergências com os trabalhadores dele, não lhes pagava. E estes jovens, num momento de desespero, decidiram fazer justiça pelas próprias mãos. E aconteceu aquela tragédia. O próprio movimento dele, o AWB, na primeira declaração que fez antes de ter os detalhes considerou que tinha sido um assassinato político. Por isso juraram vingança. Mas depois, quando foram confrontados com os factos, retraíram-se. E disseram que tinham de analisar isto no contexto da violência contra os fazendeiros.
A morte de Terre'Blanche não foi caso isolado? Há violência contra fazendeiros brancos na África do Sul?
Tem havido, isso é verdade, assassinatos contra fazendeiros. Precisamente pelo mesmo tipo de atitude que o Terre'Blanche tinha. O sector dos fazendeiros de uma maneira geral não está transformado, não se integrou muito bem na nova ordem política. Eles continuam a tratar os trabalhadores como nos tempos antigos. E são comunidades isoladas, até pelo próprio contexto em que trabalham. Acabam muitas vezes em tragédias desta natureza.
A culpa é pois das ideias (ideias mortais?) e da não integração. Pois claro! Sendo que a maioria dos negros da África do Sul não são originários dessa área (mas de outras circum-vizinhas) mas que aí se foram fixando no curso do devir histórico não terão os brancos, aí desde o século XVI (e já lá vão 4 séculos...), o mesmo direito à auto-determinação que para eles significaria: pátria, paz, segurança e desenvolvimento?
Etiquetas: África do Sul, Graça Machel
3 Comments:
E este imbecil odioso, skinhead lá do burgo, canta algo tão odioso envergando uma t-shirt com uma foto do Mandela!!!!
A África do Sul é um bom "tubo de ensaio", para se apreciar o multiculturalismo...
Os apoiantes deste sr. têm uma opinião muito interessante em relação à história racial de Portugal.
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