IMPUNIDADE vs. REPRESSÃO
A fórmula que encabeça este postal não é, seguramente, inovadora e muito menos revolucionária. Todavia, creio ser tempo de abandonar de uma vez por todas velhas utópicas teorias sobre a bondade humana e sobre a regeneração dos criminosos.
Poderão alegar que, em países de gente corajosa (daqueles que se rebelam e lutam pelos seus direitos até às últimas consequências) a fórmula poderá não funcionar. Concordarei parcialmente, acrescentando que, talvez aí se revele mais difícil. Em Portugal é óbvia e fácil. Fomo-nos acobardando e só mostramos normalmente grande coragem quando o oponente é mais fraco. É dramático, mas na generalidade é assim, e a culpa é de todos nós. Aqui assumo a que me cabe como colectivo.
A sensação de impunidade que os criminosos experimentam em Portugal vem contribuindo, de forma evidente, para o aumento deste flagelo. Logo a solução só poderá ser a repressão. Na passada Sexta-feira, como aqui escrevi, forças policiais foram alvejadas e apedrejadas nas imediações do "Rock in Rio" (deve ser do nome...), não lhes será lícito ripostar ou devem permanecer como "sitting ducks"? A minha resposta é óbvia e se de tal resultar a morte de algum energúmeno não creio que venha prejuízo de monta à sociedade, antes pelo contrário...
Forças policiais são, comumente agredidas, como aqui frequentemente se relata, alguém se insurge e preocupa? Que pode esperar o cidadão ordeiro e comum de uma Polícia que está à mercê de criminosos, sempre eleitos como vítimas e a polícia como vilã? Muito pouco, quase nada, compreensivelmente. Ainda na semana passada, num bairro social de Oeiras, cinco polícias tentaram prender um traficante de droga que ripostou "no meu bairro ninguém me revista", a Polícia foi cercada, agredida por homens e mulheres, havendo espaço para um complementar justificativo de mais agressões "aqui ninguém bate em mulheres" (sendo que elas, aparentemente, estão "autorizadas" a agredir os polícias...). Resultado agressões várias e a fuga do criminoso (perdoem-me do "eventual suspeito" deveria escrever...). É o reino da impunidade onde os "cidadãos" são superiores ás forças da ordem e por elas não podem ser beliscados... É obviamente a subversão total e completa de valores...
A ordem dá lugar ao crime, neste mundo moderno e, aparentemente, deveremos assistir tranquilamente a tal evolução.
O sistema prisional é outro pilar. As prisões cheias (lembro de indivíduos que, de uma forma ou outra atentaram contra a sociedade), são espaços de constante reivindicação e melhorias. Faltam centenas de guardas prisionais mas, seguramente, abundam plasmas, ginásios e outras mordomias. Não há como não sentir saudade do tempo dos trabalhos forçados (e úteis para a sociedade, por parte de quem a ataca...).
Saudade da ordem, disciplina e tranquilidade, pois que seja admito-o sem problema. Embora, estou certo, contra a corrente desta "modernidade" degenerada e espúria...
Etiquetas: Criminalidade, Justiça, Polícia
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