PARTIU O NOSSO POETA...
Nenhuma notícia poderia ser pior na véspera de um 10 de Junho que ele tanto amava. Morreu ontem o nosso António Manuel Couto Viana.
Paz à sua alma!
Lembrá-lo só é possível através de um dos seus magistrais poemas.
É preciso ficar aqui, entre os destroços,
E cinzelar a pedra e recompor a flor.
É preciso lançar no vazio dos ossos
A semente do amor.
É preciso ficar aqui, entre os caídos,
E desmontar o medo e construir o pão.
É preciso expulsar dos cegos dias idos
A insónia da prisão.
É preciso ficar aqui, entre os escombros,
E libertar a pomba e partilhar a luz.
É preciso arrastar, pausa a pausa, nos ombros,
A ascensão de uma cruz.
É preciso ficar aqui, entre as ruínas,
E aferir a balança e tecer linho e lã.
É preciso o jardim a envolver as oficinas:
É preciso amanhã.
in “Nado Nada”, 1977.
Paz à sua alma!
Lembrá-lo só é possível através de um dos seus magistrais poemas.
É preciso ficar aqui, entre os destroços,
E cinzelar a pedra e recompor a flor.
É preciso lançar no vazio dos ossos
A semente do amor.
É preciso ficar aqui, entre os caídos,
E desmontar o medo e construir o pão.
É preciso expulsar dos cegos dias idos
A insónia da prisão.
É preciso ficar aqui, entre os escombros,
E libertar a pomba e partilhar a luz.
É preciso arrastar, pausa a pausa, nos ombros,
A ascensão de uma cruz.
É preciso ficar aqui, entre as ruínas,
E aferir a balança e tecer linho e lã.
É preciso o jardim a envolver as oficinas:
É preciso amanhã.
in “Nado Nada”, 1977.
Etiquetas: António Manuel Couto Viana, Obituário
2 Comments:
Requiescat in pace
Partiu, mas continuará sempre Presente!
O Couto Viana, inscreveu o seu nome na "Galeria" dos Nacionalistas e deixou-nos um riqueza que é património comum dos Nacionalistas.
Descanse em paz!
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