30 junho 2010

A PROPÓSITO

A propósito do livro referido no postal anterior, não resisto a transcrever uma passagem inicial, fruto de um saboroso tempo que, sendo de ditadura, permitia escrever verdades que, hoje em democracia, ou são banidas ou pelo menos olhadas de soslaio e adjectivadas com temos, no mínimo, pouco simpáticos.
Ora atentem lá!
As pessoas que nascem em Portugal têm o nome de portugueses. Tu és português porque nasceste em Portugal, o teu pai e a tua mãe também nasceram em Portugal. Por isso tu e os teus pais são todos portugueses. os teus avós, que são os pais dos teus pís, também nasceram em Portugal e por isso são portugueses.
Assim como os portugueses são as pessoas de Portugal, assim os franceses são as pessoas da Franç, os ingleses de Inglaterra, os alemães da Alemanha (...).
Para nós, portugueses, todas as pessoas que não são portuguesas são estrangeiras (sublinhado no original). Os franceses, os ingleses, etc, são estrangeiros para nós. Nós, portugueses, somos estrangeiros para os franceses, para os ingleses, etc. A palavra estrangeiro significa estranho (sublinado no original) e estranho quer dizer que não é do pais onde nós nascemos.
Como era simples e linear a pedagogia...

Etiquetas: , ,