OS NEO-PLATÓNICOS
Creio ter sido no já relativamente longínquo ano de 2003, que a então Direcção do relativamente novo Partido Nacional Renovador me convidou para proferir uma conferência sobre as razões pelas quais os Nacionalistas celebram o “10 de Junho”. Lembro-me da ocasião por duas razões fundamentais. A primeira porque não era então militante do Partido (sabem os que me conhecem bem que sou muito dificilmente arregimentável e que não há, nem creio possa vir a haver, um partido no qual me reveja sequer a 50%, quanto mais a 100%, e que aderi mais tarde, fundamentalmente, por pedido de um velho camarada e amigo José Pinto-Coelho que requereu a minha maior disponibilidade para um combate político mais directo) mas já lhe reconhecia que seria a nossa única bandeira possível no combate político-eleitoral. Segundo porque na conferência estava o meu querido e saudoso amigo e camarada Rodrigo Emílio que no final, sem que seguramente tal merecesse, me teceu rasgadíssimos elogios. Amável e amigo como sempre foi, tendo sido a última vez que estivemos juntos!
Na altura advoguei que tal celebração decorria da conjugação de uma tetralogia de vectores: Experiência / Razões / Valores / Fidelidade que alimentavam tal celebração sendo que me parecia que a Experiência era a menos relevante por advir, apenas, da natural conjugação da militância e da idade. Historiando as comemorações Nacionalistas do “10 de Junho” exortava a “que o PNR, como entidade que espero e desejo aglutinador das desencontradas e desavindas tendências da Direita Nacional, possa erguer uma bandeira que todos sigamos e, num breve futuro, possamos recuperar as ruas e logo o país.
É tempo de nos despojarmos de caprichos pessoais, esquecermos divergências, abandonarmos caprichos de liderança, arrumarmos desavenças menores para podermos promover a união do que é fundamental. Só assim poderemos triunfar.”.
Não quero puxar quaisquer galões, bastam-me os que com orgulho usei no Serviço Militar Obrigatório, mas confesso que ao ler aquelas palavras me parecem plenas de acerto e, usando o vector menos importante na altura, a Experiência e usando a "autoridade" que a mesma me confere, acertei na “mouche” neste país onde a “direita” espera sempre algo de óptimo, absoluto e sublime esquecendo-se que o mundo dos arquétipos de Platão era uma mera construção, para não dizer ilusão.
Na altura advoguei que tal celebração decorria da conjugação de uma tetralogia de vectores: Experiência / Razões / Valores / Fidelidade que alimentavam tal celebração sendo que me parecia que a Experiência era a menos relevante por advir, apenas, da natural conjugação da militância e da idade. Historiando as comemorações Nacionalistas do “10 de Junho” exortava a “que o PNR, como entidade que espero e desejo aglutinador das desencontradas e desavindas tendências da Direita Nacional, possa erguer uma bandeira que todos sigamos e, num breve futuro, possamos recuperar as ruas e logo o país.
É tempo de nos despojarmos de caprichos pessoais, esquecermos divergências, abandonarmos caprichos de liderança, arrumarmos desavenças menores para podermos promover a união do que é fundamental. Só assim poderemos triunfar.”.
Não quero puxar quaisquer galões, bastam-me os que com orgulho usei no Serviço Militar Obrigatório, mas confesso que ao ler aquelas palavras me parecem plenas de acerto e, usando o vector menos importante na altura, a Experiência e usando a "autoridade" que a mesma me confere, acertei na “mouche” neste país onde a “direita” espera sempre algo de óptimo, absoluto e sublime esquecendo-se que o mundo dos arquétipos de Platão era uma mera construção, para não dizer ilusão.
Etiquetas: 10 de Junho, Nacionalismo, Platão, PNR, Rodrigo Emílio
3 Comments:
Lembreo-me perfeitamente dessa conferência, na antiga sede no Largo do Calhariz. Foi também a última vez que vi o Rodrigo... Saudade.
Tens razão. Como o tempo passa. Mas as saudades do nosso Rodrigo não diminuem.
Abraço
De facto , a situação de Portugal, é demasiado grave, para que, situações ou comportamentos, importantes, de facto, mas em nada comparadas ao estertor da nossa Pátria. Sou acima de tudo, um patriota, e, agora mais que nunca, outros valôres mais altos se levantam.
Cumprimentos
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