20 maio 2011

QUEREM MESMO QUE SE ACREDITE NA JUSTIÇA?

Dois títulos na capa do "Correio da Manhã" de hoje abalam, ainda mais, as bases de uma construção que deveria ser séria e respeitada, mas que cada vez mais dá de si uma triste e caricata imagem, a justiça que, nestes tempos, nem merece já a letra maiúscula.

Importantes os títulos porque demonstram que a situação não é apenas lamentável em Portugal, é-o a nível mundial.

Ao ler os títulos percebem-se de imediato duas coisas, não sendo universal na aplicação priveligia poderosos e corporações e, quando assim é, a "justiça" deixa de o ser, por muito que tal custe a doutíssimos juristas.

No caso nacional uma procuradora, Francisca Costa Santos (como chegará esta gente a estes lugares que deveriam ser reservados a gente insuspeita e acima de todo e qualquer reparo?) foi detida, muito bem pois punha em risco a vida de terceiros, por um agente da Polícia Municipal quando conduzia em contramão e com taxa-crime de álcool no sangue (3,08 g/l) numa das ruas mais movimentadas de Cascais, tendo sido mandada em liberdade por um colega de turno. Sempre atentos à forma (detenção pela PM) e não à substância (crime praticado), o magistrado, considerou ilegal a detenção da colega, alegando que os agentes da Polícia Municipal não podem deter em flagrante delito, deixando sair a "magistrada" em liberdade.
Lição a reter: poderosos e colegas safam-se sempre...
Num país decente seriam ambos demitidos!

Nos Estados Unidos da América o animal que foi director-geral do FMI (e ao que se apura agora com um amplo passado de ataques a mulheres) foi libertado, não obstante se encontrar formalmente acusado de sete crimes pelo grande júri: duas acusações por acto sexual criminoso em primeiro grau, uma acusação de tentativa de violação de primeiro grau, uma de abuso sexual em primeiro grau, uma de sequestro em segundo grau, uma de abuso sexual em terceiro grau e outra de imposição física forçada, regressando à sua luxuosa casa em Manhattan após ter pago 700.000 euros.

Lição a reter: quem tem dinheiro compra a justiça (ou pelo menos ameniza os seu efeitos) quem não tem verga com os costados na cadeia...

Resta a hipótese de justiça divina. Não estando ainda provado existe a hipótese da vítima ser portadora de SIDA, resta pois esperar que o vírus tenha cumprido a sua função com este animal...




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