31 maio 2006

REGRESSO AO "SOM" DE RHEINGOLD...



Mais de 100 anos separam estas duas imagens de Rheingold - O Ouro do Reno, prólogo da tetralogia de Richard Wagner, O Anel do Nibelungo, a cuja estreia fui assistir ao Teatro Nacional de São Carlos no passado Domingo. Wagneriano de todos os costados possíveis, aguardava há longos anos que a nossa única sala de ópera nos presenteasse com uma obra do Mestre de Bayreuth.


A expectativa era grande, na década de oitenta já a tetralogia fora levada à cena em São Carlos de modo bem agradável. Aguardava pois com ansiedade a récita...
Wagnerianos, não vão! Apesar da condução de orquestra ser boa, a Orquesta Sinfónica Portuguesa (tirando uma fífia inicial) se portar muito bem e os cantores serem excelentes, a encenação de Graham Vick, a movimentação cenográfica de Ron Howell (que coloca as ninfas do Reno banboleando-se quais prostitutas...) e sobretudo a cenografia e figurinos de Timothy O'Brian (lembrem-se destes nomes para deles fugir no futuro...), que a não ser má língua cá me pareceram pertencer ao lóbi alegre... contribuem para um abjecta produção do Mestre que cá me pareceu estaria às voltas na sua última morada em Bayreuth.
De facto ver o Nibelungo Alberich com uma crista vermelha à moicano e trajando um fato de banho às riscas de onde pende do mesmo tecido um pénis até aos joelhos não só é despropositado como ofensivo, a culminar um fogetão aponta a Valhalla...
Ora francamente quem os metesse a eles num foguetão...

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