04 agosto 2006

REVISÃO DA HISTÓRIA

Há pouco mais de um ano esteve entre nós a historiadora Maria Pilar del Hierro, insuspeita académica e consagrada autora do país vizinho, para promover a sua monografia sobre Inês de Castro. Na ocasião, entrevistada pelo "Diário de Notícias" (8.Fev.2005, p. 32), proferiu as seguintes importantes palavras que, na sua serenidade e acerto contrastam violentamente com as de tantos "estoriadores", encartados ou não:

A verdade histórica é a grande questão dos historiadores. Sou de opinião que se deve deixar sempre uma margem razoável de dúvida antes de nos atrevermos a avalizar uma verdade histórica… não nos podemos esquecer de que mesmo os documentos podem ser falsificados. O historiador tem de ser um céptico, deve ter presente que a todo o momento pode aparecer uma prova inédita, algo que desvirtue aquilo que tinha como sendo a verdade. Não há verdades absolutas.

Possam pois os mais temerários estoriadores encontrar a temperança necessária nestas sábias palavras, para que a história (toda ela, naturalmente, e não apenas a dos acontecimentos referentes ao 2º conflito mundial), possa estar sempre em construção e, sobretudo, para que a história não seja ensombrada e manietada por dogmas, de qualquer tipo. Deixo-vos, pois, para a coluna da direita três endereços para quem se recusa a ter uma cabeça pré-formatada: a Association des Anciens Amateurs de Récits de Guerres et d'Holocaustes, o Committee for Open Debate on the Holocaust e o Institute for Historical Review.

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