DIÁRIO DE UM SKIN
(A propósito da leitura de Diario de un skin, Antonio Salas, Ediciones Temas de Hoy, Madrid, 2006)
Nunca fui skinhead (às vezes, por graça, afirmo que o sou biologicamente). No meu tempo de juventude, em Portugal, ao que pude ver (embora possa estar enganado) não existiam skinheads. Caso contrário talvez tivesse sido um, não sei. Um pouco mais tarde creio que conheci, convivi (FP, F, V, Ramone, etc.) e fiz amizade com alguns dos skins de primeira geração lusa, alguns anos mais jovens que eu. Recordo, com alguma saudade, deambulações num triângulo lisboeta (apesar da maioria deles ser da Margem Sul) que não se afastava muito dos seguintes vértices: Tapadinha/Marão/Oceano. Nunca tive, nem tenho, qualquer problema em afirmar que tenho amigos skins grupo que, enquanto tal, como qualquer outro, possui gente boa e menos boa. Mas nunca fui, nem sou, de me deixar afugentar por espantalhos de rótulos e muito menos de tomar "a nuvem por Juno". Sempre mantive, portanto, um contacto com esse universo ao longo das suas gerações.
Não precisei, pois, de ser infiltrado, como o autor do livro em apreço, para partilhar muito do romantismo e paixão que caracterizava muitas das suas actuações. Violência, seguramente que às vezes a houve e, eventualmente, desnecessária e escusada. Não conheço, aliás, nenhum grupo de jovens que com a mesma não conviva de quando em vez e que não cometa os mesmos erros. Acrescentaria, apenas, a minha opinião pessoal que por motivos bem menos nobres. Não é, pois, um apanágio dos skins, como se tenta divulgar. A "caçadas" como o autor descreve assisti a bastantes, muitas de sentido contrário, mas dessas, curiosamente, ninguém fala. Enfim, parcialidades habituais nestes jornalismos. As provocações foram, são e serão, sempre, neste caso unívocas...
Sobre este infiltrado, mais no universo paralelo, mas que confesso desconhecer quase na totalidade, das claques dos clubes de futebol (ainda por cima do Real Madrid, clube que odeio), assunto que me não interessa de sobremaneira, retirei duas pérolas do seu cuidado trabalho jornalístico (e poderiam ser tantas...) após tão aturada infiltração e que atestam o rigor das suas conclusões.
Nas páginas 296/297 afirma que para um seminário "foram convidados importantíssimos ideólogos do neo-nazismo mundial como Rodrigo Emílio (Portugal) (...)". Ora aqui está o nosso saudoso e querido Rodrigo alcandorado a algo que nunca foi, não porque desprezasse mas tão somente porque o não era, importante ideólogo do neo-nazismo mundial. Acho eu que morreu inconsciente de tal facto, mas é este o jornalismo cego e servil que mete numa mesma sacada tudo o que jamais poderá compreender.
A página 298 oferece-nos outra pérola, após tão aturada infiltração, "David Irving (principal autor revisionista americano)". Oh homem bastaria ir à net, não era precisa a infiltração, para saber que é britânico.
Enfim, poderiam ser tantas, um livro delicioso para quem gosta do fantástico.
Não precisei, pois, de ser infiltrado, como o autor do livro em apreço, para partilhar muito do romantismo e paixão que caracterizava muitas das suas actuações. Violência, seguramente que às vezes a houve e, eventualmente, desnecessária e escusada. Não conheço, aliás, nenhum grupo de jovens que com a mesma não conviva de quando em vez e que não cometa os mesmos erros. Acrescentaria, apenas, a minha opinião pessoal que por motivos bem menos nobres. Não é, pois, um apanágio dos skins, como se tenta divulgar. A "caçadas" como o autor descreve assisti a bastantes, muitas de sentido contrário, mas dessas, curiosamente, ninguém fala. Enfim, parcialidades habituais nestes jornalismos. As provocações foram, são e serão, sempre, neste caso unívocas...
Sobre este infiltrado, mais no universo paralelo, mas que confesso desconhecer quase na totalidade, das claques dos clubes de futebol (ainda por cima do Real Madrid, clube que odeio), assunto que me não interessa de sobremaneira, retirei duas pérolas do seu cuidado trabalho jornalístico (e poderiam ser tantas...) após tão aturada infiltração e que atestam o rigor das suas conclusões.
Nas páginas 296/297 afirma que para um seminário "foram convidados importantíssimos ideólogos do neo-nazismo mundial como Rodrigo Emílio (Portugal) (...)". Ora aqui está o nosso saudoso e querido Rodrigo alcandorado a algo que nunca foi, não porque desprezasse mas tão somente porque o não era, importante ideólogo do neo-nazismo mundial. Acho eu que morreu inconsciente de tal facto, mas é este o jornalismo cego e servil que mete numa mesma sacada tudo o que jamais poderá compreender.
A página 298 oferece-nos outra pérola, após tão aturada infiltração, "David Irving (principal autor revisionista americano)". Oh homem bastaria ir à net, não era precisa a infiltração, para saber que é britânico.
Enfim, poderiam ser tantas, um livro delicioso para quem gosta do fantástico.
3 Comments:
Parvoíces...
Vimos hoje à venda no Carrefour de Cáceres um DVD baseado nesse livro.
O Antonio Salas e Gabriel Lopes. Nom mercar o livro de merda. Gratis en www.antonio-salas.blogspot.com
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