EFEMÉRIDE DO DIA 2
A 4 de Maio de 1493, o Papa Alexandre VI* favorável aos interesses dos soberanos de Castela e Aragão, expediu a bula Inter Cætera, onde estipulava que fosse traçado um meridiano do pólo Norte ao pólo Sul, passando a 100 léguas das ilhas dos Açores e de Cabo Verde, ficando os territórios para ocidente dessa linha pertencendo aos países vizinhos, excepto se tivessem sido descobertas, essas terras, antes do Natal do ano precedente por outro qualquer príncipe cristão. Um breve deste Papa, atribuía aos futuros Reis Católicos os mesmos privilégios, para esses locais, idênticos aos que os portugueses já gozavam em África.
Esta bula comprovava a ainda hesitação castelhano-aragonesa entre o poderio continental e a vocação ultramarina, pois fora negociada apenas haviam sabido das descobertas do navegador Colón. Ou apenas, talvez, o início de uma nova e clara opção estratégica, conseguido já o objectivo prioritário: a conquista de Granada, em 6 de Janeiro de 1492, quando Colón assistiu à saída da cidade do rei Boabdil.
O Rei de Portugal ordenou que uma armada fosse organizada para assegurar os direitos portugueses às novas terras e entregou o seu comando ao filho do Conde de Abrantes, D. Francisco de Almeida, "a fim de tomar posse das «ilhas de Cipango e d'Antilia» (...). Um conflito diplomático ia abrir-se entre Portugal e Castela/Aragão e o resultado haveria de ser a partilha do mundo ultramarino entre as duas nações ibéricas.
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* Rodrigo Bórgia (1432-1503), de origem catalã, desempenhou um papel fundamental na política temporal da época. Aliado dos Reis Católicos, vai ter uma influência marcante nas sucessivas partilhas do mundo que se realizaram entre os reinos peninsulares. Na Itália tentou, ajudado por seu filho César Bórgia (filho de Vannozza Cattanei e irmão dos famosos João e Lucrécia), a reunificação da mesma sobre a égide dos Estados Pontifícios. Foi denunciado, em 1486, como exemplo de impureza eclesiástica por Savonarola, que foi condenado à morte em 1498.
Esta bula comprovava a ainda hesitação castelhano-aragonesa entre o poderio continental e a vocação ultramarina, pois fora negociada apenas haviam sabido das descobertas do navegador Colón. Ou apenas, talvez, o início de uma nova e clara opção estratégica, conseguido já o objectivo prioritário: a conquista de Granada, em 6 de Janeiro de 1492, quando Colón assistiu à saída da cidade do rei Boabdil.
O Rei de Portugal ordenou que uma armada fosse organizada para assegurar os direitos portugueses às novas terras e entregou o seu comando ao filho do Conde de Abrantes, D. Francisco de Almeida, "a fim de tomar posse das «ilhas de Cipango e d'Antilia» (...). Um conflito diplomático ia abrir-se entre Portugal e Castela/Aragão e o resultado haveria de ser a partilha do mundo ultramarino entre as duas nações ibéricas.
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* Rodrigo Bórgia (1432-1503), de origem catalã, desempenhou um papel fundamental na política temporal da época. Aliado dos Reis Católicos, vai ter uma influência marcante nas sucessivas partilhas do mundo que se realizaram entre os reinos peninsulares. Na Itália tentou, ajudado por seu filho César Bórgia (filho de Vannozza Cattanei e irmão dos famosos João e Lucrécia), a reunificação da mesma sobre a égide dos Estados Pontifícios. Foi denunciado, em 1486, como exemplo de impureza eclesiástica por Savonarola, que foi condenado à morte em 1498.
Etiquetas: Efeméride, História, Partilha do Mundo
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