ARRANCARAM O CORAÇÃO DA SÉRVIA
Tantas vezes nesta tribuna escrevi sobre a orgulhosa Sérvia que não poderia deixar passar a data de ontem sem um comentário, mais entre os tantos já proferidos, naturalmente. Este é, todavia, sentido. Gosto da Sérvia (como o disse aqui tantas vezes) e como nacionalista não posso deixar de lamentar a trama urdida por vende pátrias contra tão orgulhoso povo. São, uma vez mais, os sinais destes tempos de esterco em que vivemos... Ontem, se por acaso ainda não deram conta, venceu o fundamentalismo islâmico no coração da Europa e teve por "padrinho" o seu visceral inimigo: os EUA (Serão mesmo? Ou é só uma forma de chatear uns quantos incómodos?) . Paradoxal? Talvez não, ou simplesmente burrice na qual os EUA tão pródigos são (não nos esqueçamos que quer Ben Laden - que nos anos 90 andou pela Albânia a estimular o "democrático e valoroso" UÇK -, quer Saddam foram seus aliados, e veja-se o que aconteceu...). Será que mais uma vez os cowboys, verdadeiros anti-Midas já lançaram as sementes de mais uma colossal cag*** que em breve virará a criatura contra o criador? De qualquer dos modos este Estado islâmico - prenúncio da Grande Albânia em formação - será um problema dos europeus e não, obviamente dos américas. Os governantes europeus, solicitos e rastejantes, quais carneiros ou cães bem treinados seguiram a voz do mestre e ei-los prontos a abençoar esta aberração (nem todos os países, é certo, mas isso pouco importará face às novas disposições do famigerado Tratado de Lisboa).
São curiosas as propostas de bandeiras do novo "estado", desde a cópia da mãe Albânia, passando por uma de imitação da do Tio Sam até à actual de influência da UE, nelas se espelha a realidade desta aberração: uma terra albanesa (que nunca foi na sua história um estado independente ou autónomo e que foi vítima de uma cuidade política de colonização que conduziu ao que vemos [hoje Kosovo, amanhã Cova da Moura, já se disse com ironia mas com profética perigosidade]), apadrinhada pelos EUA e UE com o único intuito de lixar (com F grande) a Sérvia. É óbvio que aquele paraíso de traficantes é uma realidade mais do que artificial, é óbvio que tem razão a Sérvia ao clamar a ilegalidade do acto que viola todas as normas do direito internacional.
Cultural, religiosa e historicamente aquela terra é Sérvia (não haverá quem, bem intencionado, o possa negar), é mesmo o seu coração ou alma, por isso a martirizada Sérvia teve que ser amputada deste elemento. Na batalha do Kosovo, ironicamente, se lançou a resistência europeia de séculos ao Islão. A história explicará porquê... mas como já aqui escrevi, ainda nos vamos "rir" muito.
P.S. Parece que a UE mudou para o ramo da alfaiataria, dos factos (não dos fatos) à medida, o Kosovo será independente porque é uma situação especial (única e irrepetível, acrescento eu...) e por tal facto não se viola o princípio da inviolabilidade territorial que, aquele gangue de malfeitores, sempre defendeu e defenderá excepto, claro está, no caso da Sérvia, qual pária que urge eliminar.
São uns comediantes, para não dizer o que verdadeiramente queria mas que infrigiria as normas da boa educação...
Etiquetas: Batalha do Kosovo, Kosovo, Sérvia
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