BELGRADO, HOJE...
As forças nacionalistas, do Partido Radical Sérvio, convocaram para hoje uma enorme mobilização, por toda a Sérvia e mesmo na Bósnia (onde Karadzic é reverenciado como herói de guerra pelos sérvios da Bósnia… esta maçada dos dois lados é mesmo aborrecida…), contra o governo (19h na Praça da República da capital), com o objectivo de protestar contra a extradição do ex-presidente da República Srpska, Radovan Karadzic, embora o seu advogado, Svetozar Vujacic, preveja que o governo o tentará enviar rapidamente para o tribunal da Haia, antes mesmo da realização do protesto.
Apesar das declarações de ontem de Ivana Ramic, porta-voz do tribunal de Belgrado, de que o apelo de Karadzic contra a extradição para o TPI não tinha chegado até ao fim do dia, a defesa apresentou os registos de que o mesmo foi enviado por correio minutos antes do fim do prazo, na sexta-feira. Numa encenação estranha, ou talvez não, os serviços postais negam tê-la, bem como o tribunal. Assim, no caso de o apelo não chegar num prazo razoável, afirmou Ramic, os juízes irão julgar a extradição de Karadzic sem ter em conta a objecção deste.
Dada a tensão em torno desta questão, temem-se confrontos hoje à noite nas ruas de Belgrado (uma vez que na última vez que os nacionalistas organizaram uma manifestação contra os países ocidentais, que haviam reconhecido a “independência” do Kosovo em Fevereiro, tal ocorreu). O líder do partido que convocou a manifestação, Aleksandar Vucic, afirmou que "O protesto é contra o regime traidor e ditatorial" do presidente Boris Tadic, e do primeiro-ministro fantoche Mirko Cvetkovic, que prendeu o ex-chefe de Estado na semana passada. Ontem, também, o ex-primeiro-ministro Vojislav Kostunica (e ex-presidente da Jugoslávia), acusava o novo governo de se enfeudar a interesses estranhos e não ter coragem de por em causa a legitimidade do TPI.
As posições extremam-se e a espúria ligação que permitiu o governo recentemente aprovado não parece garantir, por exemplo, uma consistente defesa do interesse sérvio, nomeadamente na questão do Kosovo que bem poderá vir a ser trocado por uns euros.
Na realidade a crença do novo governo pró-federalista europeu de que a prisão de Karadzic fortalecerá a aposta na adesão à União Europeia, rompendo com uma posição de legalismo do anterior executivo que recusava extradições, aliada à recente decisão do novo governo de que os seus embaixadores nos países europeus que reconheceram a “independência” do Kosovo regressarão aos seus postos (o ministro sérvio do Ambiente considerou que esta decisão vai ser benéfica, no sentido de reforçar a posição diplomática da Sérvia…), não augura nada de bom…
Apesar das declarações de ontem de Ivana Ramic, porta-voz do tribunal de Belgrado, de que o apelo de Karadzic contra a extradição para o TPI não tinha chegado até ao fim do dia, a defesa apresentou os registos de que o mesmo foi enviado por correio minutos antes do fim do prazo, na sexta-feira. Numa encenação estranha, ou talvez não, os serviços postais negam tê-la, bem como o tribunal. Assim, no caso de o apelo não chegar num prazo razoável, afirmou Ramic, os juízes irão julgar a extradição de Karadzic sem ter em conta a objecção deste.
Dada a tensão em torno desta questão, temem-se confrontos hoje à noite nas ruas de Belgrado (uma vez que na última vez que os nacionalistas organizaram uma manifestação contra os países ocidentais, que haviam reconhecido a “independência” do Kosovo em Fevereiro, tal ocorreu). O líder do partido que convocou a manifestação, Aleksandar Vucic, afirmou que "O protesto é contra o regime traidor e ditatorial" do presidente Boris Tadic, e do primeiro-ministro fantoche Mirko Cvetkovic, que prendeu o ex-chefe de Estado na semana passada. Ontem, também, o ex-primeiro-ministro Vojislav Kostunica (e ex-presidente da Jugoslávia), acusava o novo governo de se enfeudar a interesses estranhos e não ter coragem de por em causa a legitimidade do TPI.
As posições extremam-se e a espúria ligação que permitiu o governo recentemente aprovado não parece garantir, por exemplo, uma consistente defesa do interesse sérvio, nomeadamente na questão do Kosovo que bem poderá vir a ser trocado por uns euros.
Na realidade a crença do novo governo pró-federalista europeu de que a prisão de Karadzic fortalecerá a aposta na adesão à União Europeia, rompendo com uma posição de legalismo do anterior executivo que recusava extradições, aliada à recente decisão do novo governo de que os seus embaixadores nos países europeus que reconheceram a “independência” do Kosovo regressarão aos seus postos (o ministro sérvio do Ambiente considerou que esta decisão vai ser benéfica, no sentido de reforçar a posição diplomática da Sérvia…), não augura nada de bom…
Etiquetas: Aleksandar Vucic, Boris Tadic, Mirko Cvetkovic, Partido Radical Sérvio, Radovan Karadzic, República Srpska, Sérvia, Vojislav Kostunica
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