A GAFE OU REALISMO vs. DEMOCRACIA
As recentes declarações da líder do PSD parecem ter causado um verdadeiro terramoto político. Esclareço de antemão que as notas aqui grafadas são apenas decorrentes do que ouvi nos noticiários e anteriores a qualquer leitura/audição do que muitos (estou certo) dos nossos "opinion makers" verterão sobre tão magno assunto.
Parece-me, uma vez mais, claro que dizer algo que é indesmentível - há reformas impossíveis de fazer em democracia - é contra a cartilha do "politicamentecorretês" e que tal acarreta custos, não pouco elevados, aliás... Mas os custos de ir contra a cartilha não os sofre quotidianamente a Drª Ferreira Leite, apenas lhe calhou agora a vez ao proferir algo que rapidamente será catálogado como um mero lapsus linguae ou de algo descontextualizado...
A verdade é que os zelotas da "democracia" de imediato se insurgiram. Importa perguntar porém, de qual democracia: desta em que vivemos, com laivos - evidentíssimos - de socretino autoritarismo? Da tal "democracia" que tudo permite à esquerda, tudo negando à direita? Daquela que em França, Áustria, Alemanha e outros Estados desta gloriosa UE (e em breve num país perto de si, ou mesmo no seu...) vai mandando para a prisão por delito de opinião os que escrevem ou falam sobre os dogmas do nosso tempo, transformados em lei penal?
Francamente, deixemo-nos de hipocrisias. Que democracia? E será que essa dita democracia é um valor supremo e inatacável? Não viveu a humanidade séculos de crescimento e pujança sem ela?
Quanto ao resto, tem a Drª, plena razão (embora tenha muitas dúvidas se tal ficará bem numa líder social-democrata ou se a dita senhora andará equivocada...). A verdade é que não fora a ditadura financeira e teríamos continuado no "democrático" regabofe sem fim da 1ª república. E para não me acusarem de facciosismo, não fora a intervenção de Estaline e o regabofe bolchevique inicial teria mantido a URSS como uma bisonha entidade incapaz de se tornar numa potência mundial, privando tantos do "glorioso farol do socialismo", o que talvez não tivesse sido pior... Mas a verdade é que esses saltos frequentemente não se fazem a cobro do regabofe democrático, quanto muito podem fazer-se em democracias verdadeiras, mas para encontrar essas é necessário quase recorrer ao Diógenes...
Etiquetas: Democracia, Manuela Ferreira Leite, PSD, UE
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