16 dezembro 2008

TEMPO DE ANTENA DO PNR-1

Aqui vos dei conta, ontem, que amanhã, antes do Telejornal das 20.00h irá para o ar o tempo de antena do Partido Nacional Renovador, para o qual acabei recrutado pelo Presidente José Pinto Coelho. À pressa lavrei umas palavras para ir lá debitar. Acontece que a tirania do teleponto e do tempo (que não dá para nada), reduziram em muito a versão original que aqui vos deixo, a versão falada e muito cortada só amanhã.
Portugueses!

Goste-se ou não, queira-se ou não reconhecer essa evidência, o regime deposto há 34 anos possuia um sentido, um objecto, aquilo que podemos classificar com um desígnio nacional. Desde então, porém, assistimos a uma situação em que se vai meramente remendando a nossa existência, a uma gestão de “negócios correntes”, particularmente a nível externo, navegamos à vista, para empregar uma linguagem náutica, sector aliás destruído após o golpe de 74.

O Portugal de Abril é um país sem objectivos, apenas ilusões ou miragens, frequentemente passageiras. A maior de entre as miragens foi a bem intencionada Comunidade Económica Europeia, espaço económico de livre circulação de pessoas e bens, que tenebrosamente evoluiu, sem que jamais para tal fôssemos consultados, para uma entidade federal supressora das liberdades pátrias. Esperavam-se mundos e fundos, muitos aliás vindos e rapidamente desbaratados no altar das futilidades e de um consumismo próprio de novos ricos beneficiários de todos os direitos e isentos de quaisquer obrigações.

A União Europeia que lhe sucedeu passou, não a ser o nosso objectivo (o que até poderia ser lícito se tal nos tivesse sido questionado), mas o nosso grande controleiro, o supra-Estado que nos controla, impõe e limita. A supressão das liberdades pátrias e a sua transposição para um “Governo Europeu” é um triste fatalismo dos nossos dias. Cada vez mais os governos nacionais são meros executantes das directivas de Bruxelas, cada vez mais os europeus vão sendo formatados. O novo homem europeu está em marcha... e o “big brother” controlador há muito deixou de ser uma invenção orwelliana.

Ausentes todos e quaisquer critérios nacionais, sobram os mundialismos, as integrações, as globalizações e outros chavões que vão sendo impostos aos povos em nome de uma suposta modernidade. A Europa dos federastas não é naturalmente a nossa.

Não desejamos esta Europa que, no dizer do nosso Miguel Torga nos ocupou sem resistência e sem dor e nos transformou em europeus de primeira, espanhóis de segunda e portugueses de terceira.

Não desejamos uma política externa amorfa, subordinada a interesses estranhos e que nos leva, sempre adormecidos e obedientes, a executar diligentemente os interesses de outros. Chamem-se eles Olivença, Kosovo, Iraque ou Guantánamo.

Portugal pode e deve voltar a ser um Estado-soberano, capaz de estabelecer os seus interesses e objectivos, por isso contamos com os Portugueses, dignos desse nome, para restaurar Portugal. Como cabeça de lista do PNR nas próximas eleições europeias, conto convosco!

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