PARA O CASO DE NÃO TEREM REPARADO...
É certo que as sondagens são apenas o que são: sondagens, e não quaisquer garantidas intenções de voto. Contudo não deixa de ser interessante que, pela primeira vez, o PNR surja, não só referenciado, como com sérias hipóteses de, face à sondagem entenda-se, eleger um deputado por Lisboa. Seria o melhor corolário para a militância, dedicação e coragem do meu Presidente, camarada e amigo José Pinto Coelho.
Como vêem quem quer boas notícias compre "O Diabo" logo de manhã. Sempre vos disse...
Post Scriptum (para não se verificarem quaisquer dúvidas em época eleitoral): Não fora "O Diabo" e este resultado, que já se conhecia, teria passado completamente arredado (para não dizer o mais intencional e feio ocultado) do conhecimentos dos portugueses, não vá desta feita o PNR descolar mesmo e começar a poder representar o povo amordaçado deste nosso país.
Etiquetas: José Pinto-Coelho, O Diabo, PNR Legislativas 2009
6 Comments:
E daí, talvez, a presença do sr. Manuel Monteiro no debate dos "piquenos", a ver se relembra a existência do PND e desvia alguns votos que possam fazer falta ao PNR.
Que mania de deduzirem logo que o futuro deputado Nacionalista é de lisboa.
Pois! nunca se sabe, se o eleito será de Santarém, ou mesmo de Castelo Branco.
Alguém conhece ao certo a dimensão da amostra, o tipo de sondagem (telefónica ou presencial) ou a margem de erro?
Não quero de forma alguma ser derrotista caros camaradas, estou até bastante optimista quanto ao crescimento do PNR nestas legislativas. Mas acho que não devemos cair em euforias prematuras, sob pena de apanharmos uma grande desilusão no próximo dia 27.
Saudações nacionalistas!
Aqui vai
1. Ficha técnica
Ficha técnica para a imprensa (DN e JN):
Esta sondagem foi realizada pelo Centro de Sondagens e Estudos de Opinião da Universidade Católica
(CESOP) para a Antena 1, a RTP, o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias entre os dias 4 e 8 de
Setembro de 2009. O universo alvo é composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados
eleitoralmente e residentes em Portugal Continental. Foram seleccionadas aleatoriamente dezanove
freguesias do país, tendo em conta a distribuição da população recenseada eleitoralmente por regiões
NUT II (2001) e por freguesias com mais e menos de 3200 recenseados. A selecção aleatória das
freguesias foi sistematicamente repetida até que os resultados eleitorais das eleições legislativas de
2002 e 2005 e europeias de 2009 nesse conjunto de freguesias, ponderado o número de inquéritos a
realizar em cada uma, estivessem a menos de 1% dos resultados nacionais dos cinco maiores partidos.
Os domicílios em cada freguesia foram seleccionados por caminho aleatório e foi inquirido em cada
domicílio o mais recente aniversariante recenseado eleitoralmente na freguesia. Foram obtidos 1281
inquéritos válidos, sendo que 52% dos inquiridos eram do sexo feminino, 39% da região Norte, 17% do
Centro, 34% de Lisboa e Vale do Tejo, 5% do Alentejo e 4% do Algarve. Todos os resultados obtidos
foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população com 18 ou mais anos residente no
Continente por sexo (2007) e escalões etários (2007), na base dos dados do INE, e por região e habitat
na base dos dados do recenseamento eleitoral. A taxa de resposta foi de 61%.* A margem de erro
máximo associado a uma amostra aleatória de 1281 inquiridos é de 2,7%, com um nível de confiança de
95%.
Ficha técnica para rádio e televisão (Antena 1 e RTP):
Esta sondagem foi realizada pelo Centro de Sondagens e Estudos de Opinião da Universidade Católica
(CESOP) para a Antena 1, a RTP, o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias entre os dias 4 e 8 de
Setembro de 2009. O universo alvo é composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados
eleitoralmente e residentes em Portugal Continental. Foram obtidos 1281 inquéritos válidos, sendo que
52% dos inquiridos eram do sexo feminino, 39% da região Norte, 17% do Centro, 34% de Lisboa e Vale
do Tejo, 5% do Alentejo e 4% do Algarve. A taxa de resposta foi de 61%.* A margem de erro máximo
associado a uma amostra aleatória de 1281 inquiridos é de 2,7%, com um nível de confiança de 95%.
Os meus sinceros agradecimentos pelo esclarecimento, caro Professor.
De uma forma geral, as sondagens tendem a ser mais elucidativas em relação às intenções de voto no grandes partidos do que em relação às intenções de voto nos pequeno partidos.
Isto porque a obtenção de uma distribuição que permita caracterizar adequadamente estas últimas requer uma amostra maior do que aquela que é habitualmente considerada (neste caso, 1281 indivíduos), devido ao facto dos votos nos pequenos partidos serem em menor número relativamente ao total, obrigando a investigar as intenções de voto de um maior número de indivíduos para reduzir a incerteza dos resultados.
Infelizmente, a percentagem indicada para o PNR é aproximadamente a mesma que foi obtida nas anteriores europeias (5/1281 = 0.39%, contra 0.37% nas europeias de 2009), um valor significativamente inferior ao da margem de erro (2.70%) e, portanto, inconclusivo.
Entretanto, o CESOP divulgou ontem (17 de Setembro) uma nova sondagem, também presencial, desta feita com uma amostra ligeiramente superior (1305 inquiridos), mantendo a mesma margem de erro (2.70%). Aqui o PNR teve apenas 2 votos (2/1305 = 0.15%) mas, mais uma vez, o resultado é inconclusivo, podendo o resultado do PNR ser inferior (o que eu duvido, porque não deverá ter menos votos do que obteve nas Europeias) ou superior.
Seja como for, parece-me muito optimista esperar a eleição de um deputado. Repare-se: admitindo que o valor da sondagem divulgada a 11 de Setembro (0.39%) será o valor percentual obtido pelo PNR no próximo dia 27, considerando o número total de eleitores inscritos nos cadernos eleitorais (9684714) e utilizando o valor de abstenção das últimas legislativas (34.98%), o número total de votantes perfaz 6297001, sendo o valor correspondente para o PNR 24577 votos. Ora, é verdade este valor não anda longe do valor mínimo de votos necessário para eleger um deputado pelo círculo eleitoral de Lisboa. O problema é que se trata do total nacional, não do total para este círculo eleitoral. A título de exemplo, a votação do distrito de Lisboa nas últimas europeias foi de 4874 votos, representando apenas 37.4% (4874/13039) do total nacional.
"O Diabo" parece-me assim um tanto ao quanto optimista, visto que o número de votos a nível nacional realmente necessário para eleger um deputado (assumindo que esse deputado será eleito pelo círculo de Lisboa e mantendo a proporção entre Lisboa e o resto do país) rondará os 65000 votos!
Moral da história: devemos continuar a lutar e a acreditar, mas mantendo os pés bem assentes na terra.
Seja como for, é bastante significativo que o PNR seja finalmente mencionado, como o Professor tão bem sublinhou. Esperemos que se torne um hábito no futuro e não uma excepção como tem sido até aqui.
Phoenix, se calhar há razão para, pelo menos, achar que os votos no PNR podem ser mais numerosos do que o que indicam as sondagens.
Uma vez, numa aula de sistema políticos, esse tema veio à conversa justamente por causa das sondagens e do impacto social que têm as ideias políticas. Já em França, com o partido do Le Pen, acontecia sempre o mesmo: o nº de votos era sempre superior ao previsto pelas sondagens. Tal como acontece no PNR. As pessoas têm medo/vergonha ou seja lá o que for de assumir publicamente que votam em partidos menos politicamente correctos. Quer se queira quer não, quem diz que é PNR ou vai votar PNR porque concorda com o que o partido diz é automaticamente "marcado", principalmente no local de trabalho. Tu sabes como é. Mas quando vão votar, sozinhos, no dia do voto secreto...
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