SURPRESA OU TALVEZ NÃO...
Pedindo-vos desculpa pela eventual falta de eloquência da imagem (mas foi a que consegui obter na página do TNSC), volto aqui ao tema do postal anterior - O Ouro do Reno. Explicando a imagem. As pedras que veem são nada mais nada menos que o sumptuoso Valhalla, encomendado por Wotan aos gigantes Fafner e Fasolt.. Com boné vermelho e vestido à "hip-hopper" apresento-vos Loke, mais à esquerda de capacete azul (vestido de jogador de baseball embora aqui tal indumentária esteja oculta pelo abafo branco), nem mais nem menos que o deus Donner (Thor). Disto já vos tinha dado conta...o surpreendente é que nests semana o "DN" já elegeu esta encenação como de excelência (???) e despertando o interesse de vários países europeus...
Na realidade Wagner continua, tantos anos após a sua morte, a pagar pelas suas incómodas posições (nomeadamente o seu anti-semitismo) logo quanto mais sacrílegas, absurdas e "modernas" encenações, melhor. Mais se corrompe o seu génio, se achincalha a sua obra e sobretudo se atacam os seus valores.
Que raio de mundo este... mesmo a precisar de um Crepúsculo...
Na realidade Wagner continua, tantos anos após a sua morte, a pagar pelas suas incómodas posições (nomeadamente o seu anti-semitismo) logo quanto mais sacrílegas, absurdas e "modernas" encenações, melhor. Mais se corrompe o seu génio, se achincalha a sua obra e sobretudo se atacam os seus valores.
Que raio de mundo este... mesmo a precisar de um Crepúsculo...
7 Comments:
Eu já calculava que a encenação fosse "moderna" e por isso dispensei-me a gastar 60 euros e... os nervos. Para ouvir uma boa interpretação posso ficar em casa com o meu Furtwängler.
Há uns tempos, no canal Mezzo, apanhei um "Barbeiro de Sevilha" que até usava telemóvel!
Isto está mesmo a pedir uma Brünhilde que ponha fogo a esta pouca vergonha.
De qualquer modo o nosso amigo Humberto podia dizer o que achou do deslocamento do palco para a plateia, no que deve ter sido um trabalho notável de adaptação do velhinho TNSC.
Já agora, o anti-semitismo de Wagner era relativo. Apesar de ter escrito "O Judaísmo na Música", tributava ao judeu e grande compositor Carl Maria von Weber uma grande influência na sua evolução como músico. Basta ouvir "Der Freischütz" para o comprovar.
Caro Fernando, a deslocação do palco a meu ver, compromete um tudo nada o fosso de orquestra. Limita, outrossim, consideravelmente as possibilidades cénicas. Tirando isso é um esforço interessante e que, para certas óperas, poderá resultar plenamente.
Quanto ao anti-semitismo era o que era, embora seja evidente o que o Fernando disse de Weber e da sua obra tão inspiradora da primeira fase de Wagner. Mas o anti-semitismo é uma coisa, judeus considerados individualmente, outra...
Um abraço
P.S. Um dia destes ainda hevemos de pensar em criar uma sociedade wagneriana entre nós, que tal Fernando?
Quem é o Fernando?!...
F não é de Fernando, assino FSantos por necessidade de algum anonimato.
Peço desculpa pela "gaffe" mas essa coisa de anonimato não é muito para o meu feitio :-)
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