04 maio 2007

"RAPARIGA" (QUASE) DO MEU TEMPO

Quase, porque eu ainda sou ligeiramente mais antigo (a "moça" é de 1963). Acho que me "cruzei" muito cedo com esta artista (de quem possuo quase toda a já vasta discografia) que é hoje, justamente, reconhecida como uma "Diva".

Andava eu pelas vivências do denominado Punk Rock quando uma banda alemã "Panama Drive Band" (os nomes das bandas da altura eram verdadeiramente fantásticos) apresentava uma vocalista, que hoje não reconheceriam (o "teste" podem fazê-lo-lo em baixo), com recursos vocais mais do que interessantes e pouco frequentes nas bandas do tempo e, sobretudo, do género...

Tentei acompanhar a carreira que passou por diversos musicais ("Cats", "Peter Pan", etc), filmes e bandas sonoras. Em 1986 chegaria o primeiro album "Ute Lemper singt Kurt Weil".
O início de um caminho num misto de clássico, jazz e cabaret confere a esta cantora um lugar muito próprio no panorama musical mundial. A cantora alemã tornou-se na rainha incontestada de um tipo musical pouco comercial mas, indiscutivelmente, de dedicados cultores. As suas actuações podem ser melhor descritas como improvisações em que fala, canta, assobia, dança e conta histórias num percurso que percorre o século XX, desde as canções de Piaf, às melodias perturbantes de Dietrich ou às líricas incisivas de Kurt Weil e em que os seus inegáveis dotes vocais se desdobram entre o alemão, francês e inglês.
Os espectáculos, raramente programados são frequentemente únicos tornando-se, assim, momentos de grande singularidade e criatividade.
P.S. Não vos disse que não reconheceriam...
Três interpretações distintas mas fantásticas:

1. The case continues (inglês)


2. Mackie Messer (alemão)


3. Je ne t’aime pas (francês)

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