19 julho 2007

AINDA O "ERVA DANINHA"

Aqui há uns dias, quando das polémicas declarações, que um pouco por todo o mundo vão fazendo notícia ou delícia (em Espanha, sobretudo) dos jornais (a tal um Prémio Nobel obriga, ainda que seja um manifesto imbecil), do vosso amigo a que chamei O Grande Traste, sobre a nossa integração na Espanha era já previsível uma acalorada reacção. Ei-la! Como resposta aos fatalistas de um iberismo inevitável. Felizmente parece que os Portugueses gostam de sê-lo (há excepções, naturalmente, como o "erva daninha" ou o imbecil do Júlio Isidro, o bandalho do Moita Flores - advogado de uma confederação - que o secundaram, mas haverá sempre "Miguéis de Vasconcelos" de serviço...) e com os espanhóis, como dizia o meu saudoso pai, sempre com um pé atrás, como o Senhor dos Passos. Ainda há Portugueses, felizmente. O Maestro Vitorino de Almeida ameaçou que face a tal acontecimento iria para a rua de arma em punho e ao lado estarei eu, garantidamente!
O "Diário de Notícias" de ontem publicava uma interessantíssima carta dirigida ao "erva daninha" de um professor universitário português residente em Amsterdão, Fernando Venâncio, que, com a devida vénia se transcreve:
Muy señor mío
Me perdonará Usted mi pobre castellano, pero desde anteayer me entero de la urgencia de praticarlo. Al "Diário de Notícias" de Lisboa predijo Usted
esto: "acabaremos por integrar-nos" en España. Preguntado por el periodista Joao Ceu e Silva si nuestro país seria entonces "una província de Espanha"(le sigo citando en nuestro antiguo idioma), Usted contestó: "Seria isso. Já temos a Andaluzia, a Catalunha, o País Basco, a Galiza, Castilla La Mancha e tínhamos Portugal".
Claro, nos asegura, podremos conservar nuestra lengua, nuestras costumbres, y así mismo creo yo nuestro fado, pero (no lo dijo, uno entiende) nos gobernaria el jefe de estado madrileño del momento. Y aunque diga Usted que no es profeta, no hay que olvidar su proverbial modestia. En fin, para gente sencilla como yo, sus palabras son un caritativo aviso del destino.
Pues, señor, no y no. Usted, el más famoso de mis compatriotas, se permite en público unos juegos muy guapos de futurología. Pero se los guarde para sus libros, los cuales están perdiendo el suspense de antaño. Créame, el real futuro de un Portugal integrado en España lo conocemos ya muy de cerca. Está visible en la Galicia de hoy, donde la lengua dominante, y los derechos dominantes, y los partidos dominantes, son los de Madrid. Esto no es futurología, si no lo qué uno ve. Si quiere verlo.
No creo que sea su caso, Don José. Me contaran que, hace poco, visitó Usted Galicia invitado por el Pen Club. Le rogaran que hiciera su discurso en Portugués. Todos podrían entenderle, sin problema, si hablara en nuestra hermosa variedad de gallego. Usted - como otras veces ya en Galicia - recusó y habló en Español.
Muchas gracias en realidad. Ahora sabemos cómo hablarán, en la Província española de Portugal, los futuros traidores.
Amsterdam, 17 de Julio de 2007
Fernando Venâncio (Professor universitário e crítico de literatura).
Na realidade, acho que cada vez nais com a idade fico mais preconceituoso, e feliz com isso, que interessa nas nossa escolas, ainda que ornadas de valia literária (o que é discutível), ler as obras de um traste traidor? Neste caso como em tantos outros na nossa vida deveremos reconhecer a genealidade (quando existe), dissociada do executos? Cada vez mais a minha resposta é um rotundo: NÃO!!!

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2 Comments:

Blogger camisanegra said...

Veja-se como as coisas são: o Fernando Venâncio, com uma formação cultural esquerdista de origem, toma uma posição patriótica, e o Moita Flores, repetidamente formador nos cursos da Mocidade Portuguesa, deu em traidor assumido...

quinta-feira, 19 julho, 2007  
Blogger Humberto Nuno de Oliveira said...

Nem mais, caro enciclopédico Camisa Negra.
Um abraço

quinta-feira, 19 julho, 2007  

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