13 dezembro 2006

A TESTEMUNHA SILENCIOSA...

Ou o homem invisível...
Escreveu aqui o Nuno Rogeiro, em Teerão a convite do MNE local que : As this conclave coincided with my coming, I intended first to be present here only as a silent witness, to report back what I saw and what I heard (será que era o conclave que coincidia com a sua presença ou teria sido a presença também por causa do conclave?).
Algumas notas se me oferecem sobre o assunto. A primeira a de que o Nuno, contrariamente ao que deu a entender aos microfones (ou dever-se-á dizer ao telemóvel) da RCP, onde possui uma crónica diária, estava previsto como orador na conferência 'Revisão do Holocausto: uma Visão Global', tanto assim é que a sua cadeira vazia (entre o Dr. Schaffer e Peter Toepfer, segundo informação presencial colhida aqui) assim se manteve durante o segundo dia do evento. Bonito, tanto mais que foi o único orador (afinal sempre estava prevista a sua participação no evento, tanto assim que escreveu o respectivo "papper") que faltou sem sequer ter tido a decência de avisar a organização e, para além do mais, estando naquela cidade - eventualmente para esse fim - e a convite (e pago) das autoridades locais... No mínimo uma descortesia (de facto, antes da mesma já se falava de um segundo português que participaria embora se mantivesse secretismo sobre o seu nome).
A segunda. A de que tal comportamento não me admira. A uma ponta de "enfant terrible" junta-se uma cuidadosa gestão de imagem e uma sábia navegação nas águas do politicamente correcto, aliás, tal como eu o previra aqui na segunda-feira após ouvir a crónica na RCP onde afirmara que não há necessidade histórica em falar do holocausto. Ele aconteceu.
A terceira, A da estranheza de tanto peito às armas feito na crónica de ontem (12.12.06), onde afirmava não perceber o porquê de desenterrar esse fantasma do passado. Existem milhares de páginas sobre o extermínio e até provas em tribunal (mais ou menos tão imparciais como aquele que julgou o Sadam). Vou ler a minha intervenção numa uma sala onde não sei o que me espera, ou um quase trágico espero estar aqui amanhã normalmente, entre outras larachas das quais a mais bombástica terá sido que iria arcando com uma respossabilidade moral que me liberta, para no final ter faltado e privado a assitência do seu contributo. Mas cabalas de última hora, urdidas por terras persas, não faltarão seguramente...
Uma dúvida final. Estando ele previsto como orador, convidado pelo governo porque é que a imprensa do politicamente corecto só falou de um português que iria a Teerão (o Flávio) e logo para o colocar em holocaustica pira??? Ele há cada coisa...
Uma última nota às autoridades iranianas: a de que tenham mais cuidado nos seus convites... De facto, contrariamente ao que afirmou o comentador aos microfones Terça-feira (12.12.06) é bem complicado ser amigo do Irão, de Israel e dos Estados Unidos ao mesmo tempo... como aliás o Nuno, homem culto e inteligente bem sabe... Mas há valores mais altos.

1 Comments:

Blogger Rouxinol said...

"é bem complicado ser amigo do Irão, de Israel e dos Estados Unidos"

Mais complicado é não ser. Mas, amigo das pessoas ou dos governos?? ou de nenhum deles?

quarta-feira, 13 dezembro, 2006  

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