07 agosto 2008

CURTAS, OU NEM POR ISSO...

Depois de terroristas, estadistas. É assim a nova ordem americana. Mais um membro do grupo que foi terrorista, o UÇK (Exército de Libertação do Kosovo) e que agora municia o "governo" daquele extraordinário "país" que os EUA e alguns UE's pretenderam inventar na península balcânica, chega ao "governo".
Depois do terrorista Thaçi, o tal que traficava órgãos dos prisioneiros sérvios (e que reparem não respondeu perante nenhum tribunal internacional...), ser elevado a "prmeiro-ministro" foi agora a vez do terrorista (agora a imprensa politicamente correcta já lhes chama só, eufemisticamente, ex-guerrilheiros) Fehim Mujota, ser elevado a "ministro da defesa" e mesmo com forças para comandar. Sinais dos tempos... e da estupidez humana...


Com costumeira celeuma anunciam os jornais que o "tratamento para a sida pode deixar de ser grátis". Embora não me incomodasse que, tendencialmente, todos os tratamentos - aos cidadãos - fossem gratuítos, não entendo porque este há-de ser excepção. Porque não a gratuitidade do tratamento da tuberculose (que o Estado Novo conseguira erradicar e que Abril, gloriosamente, nos devolveu)? Ou das insuficiências cardíacas (que a mim, assim por alto, me devem custar, só em medicamentos uns bons setecentos e tal euros por ano, fora os seguros médicos a que sou obrigado a possuir pois de outro modo ou morria à espera de consulta ou gastava os maravedís num qualquer cardiologista a que teria de recorrer)? Ou de tantas outras doenças com que somos "beneficiados" sem para tal nada termos feito.

Porque há-de esta, em tantos casos adquirida por comportamentos do próprio (bem sei que há excepções, e trágicas, por sinal) ser excepção? A resposta todos a sabemos: é o "politicamentecorrectês", aliado às modas e aos patrocínio aos comportamentos desviantes. Enfim.

Igualdade entre os sexos: mito ou utopia? Seria seguramente um excelente título para caracterizar a polémica em torno da presença de mulheres nas forças armadas, mais concretamente nas tropas especiais.
Quem me conhece sabe perfeitamente que dificilmente poderão colar-me o labéu de "machista" (na verdade tenho muito outros). Muitos dos meus camaradas políticos (onde residualmente se detecta alguma misoginia, excepto na questão sexual, evidentemente), acham-me mesmo estranho, tal o respeito sempre demonstrado pelas mulheres como ser, completo portanto (e não mero objecto de satisfação sexual masculina). Há que dizer com absoluta verdade que poucos são os que suportam a paridade das mulheres (mas esse é um problema que eles devem resolver...) e que admitem não se referir "à fêmea" com aquela linguagem desbragada, cabotina e de posse típica do "macho lusitano". Adiante, justifica-se esta introdução dado o tema a abordar.
É evidente que os extremos, "machismos" ou "feminismos" distorceram a realidade dos factos. É indesmentível que homens e mulheres são diferentes e que, de tal diferença, advieram funções diversas ao longo da história, sempre assim foi. O mundo militar foi naturalmente um deles. Perguntar-me-ão se sou contra as mulheres nas forças armadas: responderei prontamente que não (até posso vislumbrar que o tempo de serviço militar obrigatório de antanho, numa singela concessão aos meus camaradas misóginos, teria sido mais agradável com a presença feminina)! Mas tal não pressupõe nenhuma menorização nem sobrevalorização, apenas o reconhecimento de diferenças. E tais diferenças devem possibilitar, quando é de possibilitar, e impedir, quando é de impedir. Assim, não me parece que comporte qualquer machismo a situação de não admissão de mulheres em todas as classes e especialidades.
Impor igualdades legislativas totais é um grosseiro disparate. A decisão do ministro Nuno Severiano Teixeira, compreensível no quadro em que se movimenta é, todavia, um disparate total. O princípio da igualdade, grafado no artigo 13 da CRP, não pode ser cego e logo palco de disparates sob pena de, evocando o genial The Life of Brian dos impagáveis Monty Python, chegarmos ao ponto do homem que quer ser Loretta e ter o direito a ter filhos, embora consciente de que os não pode ter... As diferenças existem e não são os pacotes legislativos ou o "politicamentecorretês" que as eliminam. Existem diferenças psicológicas, de robustez, de capacidade física, de diferenciadas destrezas, etc.
A polémica estalou recentemente por a Marinha apenas admitir homens para a classe de Fuzileiros. Alguém lúcido poderá sustentar ser a mesma capacidade, por exemplo em certos dias do mês, de uma candidata do sexo feminino a um camarada homem? Como se comportaria na famosa pista de lodo? Ou será que o treino ou o cenário de guerra se deve compadecer de tais, inultrapassáveis, diferenças biológicas?
É de facto um crasso disparate. Por exemplo, mesmo nos pára-quedistas a solução encontrada não foi ela própria atentatória da igualdade? Se alguém definiu (baseado num qualquer critério cuja ciência aqui não importa apurar) critérios físicos necessários à admissão numa força especial, reduzí-los não implicará uma menor capacidade operacional do candidato? Creio bem que sim, senão qualquer homem que os não cumprisse serviria também. Ou não será assim?
Mas as dúvidas subssistem. A deputada Maria Carrilho, especialista em assuntos militares e acérrima defensora da igualdade entre os sexos, neste caso já advoga "critérios de admissão adaptados a homens e adptados a mulheres". Sendo que a prontidão operacional que se espera é a mesma. Afinal onde fica a exacta igualdade?

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